Em 5 anos, 42 pessoas morreram afogadas no Lago Paranoá
Cartão-postal de Brasília, o Lago Paranoá é uma das boas opções de lazer dos moradores da capital federal. No entanto, nos últimos anos, acidentes envolvendo banhistas e embarcações chamam a atenção para os perigos e cuidados no uso do curso d’água. Na semana passada, a morte de Deysivânia Costa do Rego de Paula, 36 anos, atingida pelas hélices de uma lancha depois de resgatar o filho que caiu na água, comoveu a cidade. Um dia depois, no domingo (30), um jovem de 17 anos se afogou.
Segundo os agentes de fiscalização, geralmente o abuso de bebidas alcoólicas, imprudência, embarcações superlotadas, com documentação vencida, falta de material de salvamento e as próprias características do Lago favorecem que acidentes aconteçam. Entre as ocorrências mais comuns estão afogamentos, incêndios em embarcações e colisões de barcos.
De acordo com balanço do Corpo de Bombeiros, nos últimos cinco anos, em 88 ocorrências, 42 pessoas morreram afogadas no Paranoá, o que corresponde a uma letalidade de 47,7%.
A fiscalização da área é compartilhada entre militares da Marinha, da Polícia Militar do DF e do Corpo de Bombeiros. A Capitania Fluvial de Brasília é a instância responsável por fiscalizar as embarcações que transitam no local, que não são poucas. O Distrito Federal tem a 4ª maior frota do país: 55.022 embarcações licenciadas, das quais cerca de 2 mil transitam no espelho d’água .
Entre 2020 e 2022, as ações de fiscalização da Marinha resultaram na abertura de 21 inquéritos administrativos para apurar ocorrências no Lago Paranoá. Essas ações ocorrem em dias úteis aleatórios e aos finais de semana, quando a demanda aumenta.
“Verificam-se os documentos, tanto do condutor quanto da embarcação. Nesta etapa, detectamos se o cidadão está habilitado. Em um segundo momento, é verificado se a embarcação possui todos os equipamentos de salvatagem preconizados, ou seja, coletes, boias e luzes de navegação, e se está de acordo com a lotação máxima estipulada em documento”, explica o capitão de Fragata, Gúbio de Oliveira.
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Fonte: https://noticias.r7.com/brasilia/em-5-anos-42-pessoas-morreram-afogadas-no-lago-paranoa-05022022