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Audiência Preliminar

Em audiência, pai de Henry lembra frase do filho na despedida

O pai de Henry Borel prestou depoimento nesta quarta-feira (6), na audiência preliminar do julgamento dos acusados de matar a criança. Leniel Borel contou que, dias antes de morrer, o filho deu indícios de que não queria voltar ao convívio da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o ex-vereador Jairinho – o casal está sendo julgado pelo crime.

“Ele se agarrava ao travesseiro pra não ir embora com ela. Ela começou a me ligar pra pedir ajuda, porque nos fins de semana, ele não queria voltar pra casa. Eu conversei com ele. Eu fui falar pro Henry que a mãe estava lá embaixo e ele se agarrou no travesseiro falando ‘Não, papai, não quero ir’. Quando ele viu a Monique, começou a chorar. A avó, dona Rosangela, conversou, chamou ele pra ir na praia. Ela desceu com ele pra praia, e depois foram embora”, conta.

A situação se repetiu outras vezes e o menino também relatou que o “tio” – Jairinho – o abraçava forte.

“No sábado dia 6, eu peguei meu filho na casa do Jairinho. Quando eu peguei ele, ele me disse: ‘papai, eu não quero mais voltar para a casa da minha mãe, não quero’. Mas ele não dizia o porquê. Eu liguei pra Monique, ela disse que não tinha nada acontecendo e eu disse: ‘Monique, e se tiver alguma coisa acontecendo?’. Ela disse: ‘Eu mato o Jairo, Leniel!'”.

Leniel se emocionou em especial ao falar dos últimos momentos com o filho.

O hospital

Leniel contou também o momento em que viu o filho morto no hospital:

“Eu entrego meu filho bem e chego com meu filho pelado, tentando ser reanimado. Jairo conta que ouviu um barulho, eu perguntei por que ele não fez ressuscitação, já que era médico, e ele disse que no estado que ele estava, era melhor correr para o hospital. Achei muito muito estranho, porque Monique nunca soube primeiros socorros, então porque o Jairo dirigiu em vez de socorrer?”, questionou.

“Pedi a Deus que levasse a minha vida, mas não a do meu filho. Por volta das 5h30, a médica me chamou e disse ‘Pai, seu filho veio a óbito e não tem mais o que fazer’. Eu gritei: ‘Volta, Henry, volta’. Mas meu filho não voltou.”